Na última Conferência sobre Biodiversidade, a COP-10, realizada no mês de outubro na cidade japonesa de Nagoya, o Brasil foi reconhecido como a nação que mais criou áreas protegidas em todo o planeta nos últimos oito anos. No mesmo período, o número dessas áreas no País foi ampliado para mais que o dobro, saltando de 38 milhões para 77 milhões de hectares, e hoje já são computadas 310 unidades de conservação (UCs) federais, presentes em todos os biomas nacionais. Atualmente, o Brasil possui o equivalente a 8,5% de seu território em áreas protegidas. Para se ter uma ideia da importância da criação de UCs, estas são consideradas o principal instrumento de conservação e proteção da diversidade biológica no País.
No evento de comemoração dos 10 anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), realizado hoje (14) em Brasília, no Parque Nacional da cidade, a ministra do Meio AMbiente, Izabella Teixeira, disse que o grande desafio do País agora é avançar na criação de novas áreas protegidas nas zonas costeiras e marinhas brasileiras. De acordo com a ministra, o sucesso do SNUC fez com que o Brasil se tornasse referência" em ações de proteção da biodiversidade em todo o planeta, mas ainda é necessário transformar mais 9% do território em áreas protegidas terrestres e outros 8% em áreas marinhas.
"Somos o equivalente ao G1 em matéria de biodiversidade e fazemos parte do G8 ambiental quando o assunto são as questões climáticas, mas ainda precisamos fazer muito pela conservação da diversidade biológica para que alcancemos as metas estabelecidas em Nagoya. O processo pode ser melhorado, temos que minimizar os conflitos gerados nos processo de criação das UCs e agregar novos parceiros", disse.
Izabella também citou obstáculos para a proteção dos recursos naturais no País, como a dificuldade de acesso a financiamentos e recursos públicos - especialmente para pequenos produtores que precisam de alternativas produtivas ao desmatamento- e as discussões sobre o Código Florestal. " Reconheço que o Código Florestal necessita de modificações, mas isso deve ser feito de maneira sensata, e não podemos desconsiderar os acordos firmados no Congresso Nacional, como a Política Nacional de Mudanças Climáticas, e os internacionais, como os estabelecidos nas conferências mundiais."
Veja na integra a reportagem no site do Ministerio do Meio Ambiente MMA
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