O mais novo “vazamento’ do Wikileaks são os telegramas relacionados ao Novo Código Florestal. Neles -datados de fevereiro desse ano - o embaixador estadunidense, que acabará de assumir o posto, Thomas Shannon faz um levantamento geral da legislação (que cá entre nós, precisar ser regulamentada de vez) e se foca na Amazônia.
Nele, Shannon parece ser favorável à redução da reserva legal (uma das propostas do novo Código de Aldo Rebelo), lamentando ainda que projetos como o Zoneamento Ecológico-Econômico, que autoriza a redução de até 50% da área para fins de recomposição de reserva legal, não sejam adotados mais amplamente e ainda reconhece o progresso do governo no combate ao desmatamento e elogia ações no sentido de regularizar a situação fundiária da região norte.
Ótimo para um embaixador servindo no país que afirma ser o momento onde a liderança da nação passa de ‘poder regional com ambições globais’ para um ‘poder global com interesses regionais e responsabilidade internacional’, sem descartar a descrição do país como uma potência verde, ressaltando ‘que a riqueza ambiental e o volume do capital ambiental do Brasil têm peso na política externa’ como também pode ser visto nas páginas amarelas da Veja (nº 50 / 15 dez 2010).
Com relação a liderança verde mundial, sem duvidas, o país tem de sobra. A questão é: será que conseguira entrar em comum acordo em casa primeiro?
Quando o fight entre ruralista e ambientalista deixar de ser questão de ego e super ego voltando-se para os reais interesses do país, visando a projeção internacional e reconhecimento mundial, talvez sim.
Leia os telegramas no Wikileaks
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